RIO
ACIMA, SEM MOTOR
A “inquietante” questão de um trampolim (a propósito da sua
cedência ao Vigor) preocupou, notoriamente, durante a sua última reunião
plenária, o executivo camarário, sobretudo por não perceber a razão da
permanência do equipamento no município. Mas que, afinal, se me prefigura fácil
de deslindar: é, com certeza – mais para políticos do que ginastas –, para o
alcançar de melhores saltos, fazer mais altos voos...
O eventual abate ilegal de 30(!) sobreiros no planalto de Santa
Clara poderá inviabilizar(?), dizem alguns, o IKEA em Coimbra. E é por estas e
por outras que me pergunto, em relação a gente assim tão ligada à defesa da
árvore, porque é que não os vejo ao lado dos bombeiros a combater os incêndios
florestais, porque não está já completamente reflorestado, apenas um exemplo, o
rarefeito Choupal? Respeito, por inteiro, naturalmente, os princípios que os
motivarão. Mas importa, sobretudo, que de tão rigorosas posturas cívicas
resultem benefícios para as comunidades e não, apenas, entraves, ou tentativas
de entrave, a qualquer sorte de desenvolvimento. Sempre, apenas para eles – definitivamente
fundamentalistas – não sustentado. E que tal se o Grupo das Florestas da
Quercus fosse, antes, em defesa efetiva do chaparro, e passando do discurso à
ação, plantar, onde quer que seja, não 30, mas trezentos, talvez mesmo três mil
sobreiros?...
O pavilhão desportivo
projetado – e adjudicado – para o Vale das Flores já não irá, receia-se, ser
construído. A falência do empreiteiro (e a falta de dinheiro) justificará o
chumbo da agora maioria socialista, que em boa verdade nunca gostou da
iniciativa, enquanto a atual minoria parece que não quer, ou não sabe,
defender, hoje, o que ontem aprovou. Oxalá não percamos, lamentavelmente, o
equipamento...ganhando, antes, o pagamento de uma indemnização a uma qualquer
parte interessada no concurso!
Na beleza da sua franciscana simplicidade, mesmo assim melhor do
que nada, lá se inauguraram – a propósito, na Portagem, é a árvore está por
cima da estátua de Joaquim António de Aguiar, ou foi o mata-frades que ficou por
baixo? – as iluminações de Natal na cidade. Em paralelo (certamente por
questões de segurança na integridade das imagens, que não para desvalorizar o
profundo significado e a valia da obra) o presépio de Cabral Antunes, depois do
átrio dos Paços do Município, foi parar, este ano, a uma montra do edifício
Chiado. Que, ao menos, a título de exemplo para os muitos comerciantes da Baixa
que não o fazem, vai estar aberto aos domingos durante a época natalícia.
No fecho das celebrações dos 50 anos do estádio universitário –
se calhar só se justificará voltar a falar dele nos jornais daqui a mais cinco
décadas, então para se lamentar a degradação do centenário equipamento! –
afinal (connosco, de tal jeito injustamente críticos, a dizer que nada se faz) algo
ficou de novo para os tempos futuros: a placa comemorativa da efeméride…
Depois de, por fim, ter encontrado uma solução diretiva na crise
que quase permanentemente o abala, o basquetebol da Académica decidiu, há dias,
com realismo, diga o que disser quem quer que seja, desistir da Liga (sénior,
profissional). E enveredar, como caminho de futuro, o único sensato e viável,
para uma reestruturação com base na formação.
É apenas uma suspeita, mas só o admitir a existência de fraude,
nas recentes eleições, é, para a AAC e o que ela representa, uma imensa
vergonha; Cidadãos Por Coimbra convocaram uma conferência de imprensa para a
entrada da câmara municipal – onde é que já vimos isto? – em protesto pela não
criação de condições de trabalho ao seu vereador eleito; Vitalino Santos, um
rapaz quase do meu tempo, venceu, parabéns, o prémio de jornalismo Adriano
Lucas; Paulo Barradas, da Bluepharma, é, justíssimo, o "Empreendedor do
Ano"; e foi notícia a divulgação de um trabalho do Observatório sobre
Crises e Alternativas, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de
Coimbra...apresentado em Lisboa!
António Cabral de Oliveira
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