RIO
ACIMA, SEM MOTOR
Não acredito, sobretudo agora, em dificuldades na conclusão das
obras no Convento de S. Francisco, muito menos na concretização de ameaças de
suspensão de trabalhos. Bem pelo contrário, julgo mesmo que os tempos,
iniciática e politicamente, correm de feição para se poder proceder, por fim, à
inauguração do novo (ainda se chamará assim?) Centro de Convenções e Espaço
Cultural...
Dou apenas uma vista de olhos – o receio pelo horror cerceia um
aprofundamento dos dados – ao designado DEMOSPIN (estudo das universidades e de
politécnicos da nossa região) onde se conclui que as Beiras, com
Trás-os-Montes, podem, em 2100, só aparentemente distante, ter perdido mais de
75% da sua população. Com o Pinhal Interior Sul, a Beira Interior Norte e a
Serra da Estrela a serem os mais fustigados pela baixa natalidade. Enfim, sem
surpresa, o deserto que todos veem...menos o(s) governo(s)!
Muito interessante a ideia de estudantes da FEUC em realizarem,
já em 2014, então só a nível regional, as I Olimpíadas da Economia, para alunos
das escolas secundárias do Centro. Uma forma inteligente de valorizarem a
ciência que estudam, a sua Faculdade, a Universidade de Coimbra.
Depois de ter encontrado, no museu da Catedral de Santiago de
Compostela, uma imagem da Rainha Santa que nos mostra o "autêntico aspeto
físico da mulher de D Diniz", Virgínia Veiga – que recordo, sobretudo, das
lides jornalísticas – defende, agora, o regresso do túmulo gótico de Isabel de
Aragão ao seu local de origem, o entretanto recuperado Convento de Santa Clara-a-Velha.
Parece-me bem.
No fim de semana de Todos-os-Santos formaram-se filas de seis
quilómetros no IP3, às portas de Coimbra. Na ausência de autoestradas (com
tantas sem tráfego um pouco por todo o resto do país!), o fenómeno não fica a
dever-se, naturalmente, à fuga às portagens. Antes, e sempre, às
caraterísticas, ao perfil da via. Que deveria ser duplicado, pelo menos desde Penacova.
Ao passar, um dia destes, pela Sofia, dei-me conta –
valorizadoras do conjunto classificado pela UNESCO – das obras no Centro de
Documentação 25 de Abril, que estão a renovar, também, incluindo a parte da
Liga dos Combatentes, toda a fachada do Colégio da Graça. Em contraste com o
que acontece, do outro lado da rua, com o Pingo Doce que, mau grado dizer-se
agora com mais encanto, desaproveita (com um "muro" de caixas,
garrafas, rolos de papel, sei lá que mais) a montra aberta para aquela artéria.
Para alguns, porventura, serão pormenores irrelevantes. Contudo, ali, nada o
é...
Dos restaurantes às casas, das livrarias aos bifes, das tostas
aos gins, uma miríade de estudos jornalísticos comparativos mostram-nos o que
de melhor existe...em Lisboa e no Porto. E de duas, uma: ou a imprensa escrita
chamada de nacional se lembra de, pelo menos de vez em quando, incluir uma ou
outra terra da "província", ou então, para não nos irritarmos a cada
semana, passa a fazer aquelas análises em encartes destinados apenas,
justamente, às "grandes metrópoles"!
A Associação Académica comemorou, assim tão simplesmente, com
cerimónia singela e uma tertúlia no café Santa Cruz, o 126 aniversário; o curso
de jornalismo da Faculdade de Letras – como o tempo passa! – iniciou as
celebrações dos seus 20 anos; a Igreja de Coimbra, a viver pobremente – como
bem recomenda o Papa Francisco – inaugurou, depois de S. João Batista na Quinta
da Portela, também em pré-fabricado, um novo templo no planalto do Ingote,
dedicado a S. Pedro; José Manuel Silva, que antes de o ser já o é, é o único
médico a (re)candidatar-se a bastonário da Ordem; aguardo com curiosidade a
subida a palco, hoje e amanhã, no Conservatório de Música, da ópera "La
serva padrona", dirigida e interpretada, quem o diria, por artistas de
Coimbra; e ainda bem que não madruguei para estar presente na (afinal outra vez
fechada aos jornalistas) reunião semanal do executivo...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.